terça-feira, 28 de dezembro de 2010

tinhas mesmo que o fazer. tinhas mesmo que me mandar outra vez para o chão. tinhas que me mandar a baixo, não tinhas? é como um desejo, um prazer que tu tens! tem um enorme gosto em fazê-lo. gostas de me ver sofrer, de me ver chorar. não me entra na cabeça, não consigo lidar com a realidade. durante todo este tempo não passei de um simples passatempo. de um brinquedo que tu achavas que podias mandar contra a parede quando quisesses. mas enganas-te. fui fraca e tapei os ouvidos ao que todos diziam. «ele não presta, vais acabar por sofrer! ele não te merece» mas eles tinham razão. não passas de um miúdo mimado que pensa que tem tudo à sua volta. que tem uma pedra no lugar do coração. usas as pessoas, usas e abusas. usas-te me e abusas-te. fizeste me voar bem alto, mas deixas-te me cair. fizeste me acreditar nas tuas palavras, e nos teus «para sempre». fizeste inúmeras juras, sabendo que nunca as irias cumprir. deixei-me ir. acreditei que tudo o que saiu da tua boca fosse verdadeiro, que tudo viesse do coração. mas mais uma vez, enganei-me! isto tudo não passou de uma mera ilusão. não passou de uma relação que eu pensava ser para sempre, mas afinal o fim adiantou-se e tirou-me toda a minha felicidade. porque apesar de tudo isto não ter passado de uma mentira, eu fui feliz ao teu lado! dei-te sempre o melhor de mim, fiz tudo por ti, por nós! desiludiste-me, e eu acreditei. magoas-te me, e eu perdoei. mentiste-me, e eu acreditei. fiz tudo! eu chorei, eu lutei, eu gritei, eu desesperei, eu lutei, sofri, eu perdi, eu rebaixei-me, eu amei! amei-te a ti, e só a ti. da forma mais pura, e mais verdadeira. de uma forma que eu mesmo desconhecia. eu dei-te tudo, e tu não soubeste dar valor, a nada.

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