quinta-feira, 25 de novembro de 2010

amor.

quando era pequenina, adorava ouvir as histórias da cinderela, ou então da bela adormecida. sempre sonhei que, um dia, quando crescesse, iria encontrar o meu príncipe encantado. sonhava com um rapaz alto, cabelos claros e macios, olhos verdes como a cor da Natureza. sonhei que esse tal principe encantado, iria fazer de mim uma verdadeira princesa e que me levaria até ao castelo onde viveriamos felizes para sempre. sonhei com ele galopando no seu enorme cavalo branco da cor da neve, com uma longa capa às costas, que voava com o vento. enfim, era tudo perfeito. mas com o tempo, fui descobrindo que nada é perfeito, muito menos o amor, esse sim está muito longe disso. vamos criando ilusões atrás de ilusões à volta de um sentimento que achamos ser eterno, mas que afinal não é. vamos criando várias expectativas em torno de uma relação que por vezes, nem nós próprios sabemos se é mesmo aquilo que queremos. diariamente pergunto a mim própria «afinal, o que é o amor?». pois, eu também não sei. nunca cheguei a descobrir, e acho que ainda ninguém conseguiu arranjar nenhuma fórmula para decifrar tal sentimento. não o vemos, não lhe conseguimos tocar, e por vezes, é bastante difícil transmiti-lo. apenas conseguimos sentir. é algo único, e traiçoeiro. faz-nos voar bem alto, mas quando mais alto formos, maior é a queda. e ao sonharmos tão alto, quando caímos, parece que tu cai em cima de nós. parece que o mundo desabou por completo. sentimos que estamos sozinhas, e que não há nada que nos faça voltar à vida. mas o que aconteceu, para mim é passado. as boas recordações sim, são para recordar. mas as piores, essas ficam no passado. só temos é que seguir em frente. de cabeça erguida, por muito que nos custe. temos que sorrir e não podemos cruzar os braços como se não houve mais nenhuma solução. mas há sempre solução, e desistir, não é uma delas. a esperança é a última a morrer, e enquanto houver vida, há esperança. por isso, hoje tenho a perfeita consciência de que por amor, não vale a pena sofrer, não vale a pena chorar. no amor, é para amar. não há espaço nem para dor, nem para sofrimentos. só há espaço para e felicidade que dois seres partilham, entre carinhos e pequenos gestos que podem fazer a diferença.

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